sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Um dia em Budapeste (em homenagem à net-amiga Francine)

A Francine me perguntou se Budapeste valia a pena. Avaliem vocês mesmos (vc também, Francine!) e comentem o que acham...

Chegamos a Budapeste às sete horas da manhã. A vovó estava supercansada, pois não tinha dormido tão bem na viagem de trem. Pegamos uma cabine com cama para quatro pessoas: a reserva não era tão cara (20 euros contra 100 de uma cabine dupla sozinha e 8 euros de uma com seis pessoas) e ficava mais confortável para ela, mas mesmo assim ela não consegue dormir bem em trens. Como eu tinha feito pesquisa de hotéis antes de viajar e estava com os preços no guia que preparei, recusei quando uma moça me abordou na estação, oferecendo hotéis a 100 euros a diária. Disse que tinha pesquisado alguns a 60 euros e não pagaria aquele valor. Ela então me levou até uma cabine de turismo na estação de trem, “lembrando” que havia um bom hotel em promoção naquele valor (O Matyas, que você pode achar no ótimo site http://www.save-on-budapesthotels.com/) . Se um hotel vai custar a mesma coisa que os albergues que pesquisei, lá vamos nós, porque vai ficar confortável para a vovó, economizamos com um bom café da manhã e ainda por cima o transporte do hotel para a estação e vice-versa está incluído. Assim, ficamos bem próximas à ponte do Danúbio.

A ponte divide a parte Buda e a parte Peste da cidade. Como chegamos às oito horas no hotel, fizemos o check-in e fomos direto para o melhor café da manhã da viagem: além da comida típica européia – croissant, nutella, muitos queijos, havia alguns pratos típicos da Hungria, como algumas espécies de bolo com farinha integral e especiarias que eram uma delícia. O quarto também era um dos melhores da viagem, com uma ducha maravilhosa que eu tomei enquanto a vovó foi dormir. Afinal, estávamos a quarenta dias viajando e já havíamos passado por 10 cidades: o cansaço começava a bater.


Enquanto a vovó dormia, andei pela cidade. Ela era cheia de galerias, acho que iam dar no metrô. Conversei com as pessoas e descobri que a Cidadela era o melhor lugar para conhecer por lá. A vovó já não estava com tanto pique para ir de ônibus, fiquei com medo que ela dormisse no city-tour e preferi fazer por uma agência.



Descolei então uma outra agência de viagens perto do hotel para fazer um passeio, depois fui andar pela ponte do Danúbio, onde descobri um monumento cheio de escadarias que terminava num mirante. O lugar era um verdadeiro labirinto, cheio de árvores floridas e colunas dóricas, com pessoas andando e namorando por ali. Subi no mirante para olhar a cidade.
De lá, eu via o parlamento. Tanto o parlamento quanto as outras construções da cidade, são um misto de arquitetura clássica européia e arquitetura bizantina, dando à paisagem um jeito único.
Uma outra coisa me chamou a atenção: algumas partes da cidade pareciam pouco conservadas, mas também não estavam destruídas. Davam apenas a impressão de que tudo era muito velho. Eu não entendia bem o porque, já que as construções de Paris ou Praga também possuem séculos e estão conservadas. Foi apenas quando fui a Cuba e vi o mesmo “estilo” dos prédios que compreendi que o regime de contenção dos recursos do período comunista havia durante bastante tempo diminuído o investimento na conservação dos prédios. Ainda assim, boa parte da cidade estava conservada e a arquitetura se erguia imponente. Voltei para o hotel ansiosa para conhecer a Cidadela. Sou muito mais as ruínas de um castelo antigo do que o luxo de Versalhes, então realmente a cidadela respondeu às minhas expectativas: cheia de curvas, de galerias por onde você pode olhar a cidade, onde é possível percorrer um monte de caminhos.
Ela é na verdade a fortificação murada de um castelo húngaro, que atualmente é museu. Infelizmente, o museu estava fechado naquele dia, pois estava em reforma durante uma semana, mas ficamos sabendo que ele contava a história do castelo, com armas medievais, fardas reais e tudo mais que um conto de dragão e princesa tem direito.

Do outro lado, existe uma parte do castelo que ainda funciona e de onde nós vimos até a troca da guarda. Em todo o espaço da cidadela, existem algumas pessoas vestidas com roupas medievais que cultivam gaviões e se apresentam para os turistas
Passeamos o dia inteiro, a vovó de vez em quando sentava nos bancos para descansar e olhar a vista, enquanto eu percorria a cidadela de um lado para o outro, tirando fotos de todos os lugares. Depois voltamos com a excursão até o centro, arrumamos um restaurante próximo e resolvemos voltar andando para o hotel, assim conhecíamos melhor a cidade. Quando chegamos na rua que beirava o rio, descobrimos a beleza de Budapeste à noite: a cidade brilha como Paris, mas tem uma vista cheia de cúpulas e árvores que me faz pensar em As mil e uma noites. Sentamos num banco à margem do Danúbio, conversando até quase à meia noite: o melhor mesmo é não voltar.





5 comentários:

aurora experimental disse...

lugar bonito!
quando der, um dia, tbm vou conhever lugares como esses. rs. =T

Ninguém disse...

Tenho um amigo que é Hungaro, e fala maravilhas de Budapeste! Ele trabalhava no Consulado Brasileiro de lá como motorista! E adorava, sempre mandava muitas fotos de lá! Ele morava na parte de Peste! Hoje ele tá morando aqui no Brasil, mas a familia dele tá toda lá!

Marcelo disse...

esse blog eh pra dar inveja aos q lêem?

P. Florindo disse...

Primeiramente, gostaria de lhe agradecer por seu comentário feito no meu blog, "O Cão Ocidental" há algumas semanas.

Ahhhhhh, a Europa é linda. A Hungria eu não conhecia muito bem. E de vez em quando é bom que poucos conheçam, manntendo, assim, a cidade preservada. Esses países não tão conhecidos da Europa sempre trazem boas surpresas a quem os visita. Conselho: visite Praha.

Anônimo disse...

eee que linda vc!!
Obrigada pela homenagem, a cidade é realmente magnífica... Fiquei empolgada agora.
Obrigada... abraço - Francine